sábado, 28 de julho de 2012

O dia do nosso aniversário deveria ser algo fora do comum. Deveria dar tudo certo, feliz, ser tudo lindo e colorido.  Aliás, muitas coisas deveriam ser assim, em muitos outros dias, mas no aniversário deveria ser obrigação. Porque a gente tem essa coisa de que é um dia especial, diferente, e de uma maneira ou de outra, acabamos esperando que seja mesmo.
E esperar... Taí uma coisa que não deveria ser feita com tanta frequência. A gente espera, e espera muito. Das pessoas, dos lugares, do tempo.
Não tem nada mais angustiante que a espera. O olhar e não ver nada. Olhar de novo e nada. Vazio...
É preciso aprender a não esperar. Não "não esperar", mas não criar expectativas demais. Não pensar além do que pode ser feito.
Com o tempo aprendemos muitas coisas, assim como "desaprendemos" muitas outras... Hoje consigo ver em mim exatamente a menina que eu era há 10 anos atrás, mesmo com todas as enormes mudanças que criei. Que aliás, foram criadas exatamente por não querer ser como a dessa época, mas ainda tem muito de mim em mim. Sempre terá. Eu espero. Porque sei que me tornei pior pra algumas pessoas do que eu era. Por querer me proteger delas.
Aprendi a me fechar. Ou melhor: desaprendi a me abrir. Quando você se abre, fica vulnerável, fica exposto, pode vir qualquer coisa, de qualquer lugar, e te machucar, e fazer doer, e fazer sofrer. E isso definitivamente eu não tenho a menor intenção que aconteça. Eu me fecho, me armo, corro, fujo pra bem longe se for preciso, mas me protejo, de maneira torta talvez, mas me protejo da maneira que acho melhor e mais rápida. As vezes não adianta correr, fugir, se fechar... porque não dá pra fazer isso com o que tá dentro. Mas dá pra fazer igual algo na gaveta sabe? Que você guarda dentro de uma caixinha e coloca lá no fundinho da gaveta, naquele lugar que a gente nunca abre o suficiente pra ver até o final. É pra lá que eu to empurrando de volta a minha caixinha.

Ontem, dia em que deveria ser tudo lindo e colorido, eu não estava com o menor ânimo de comemorar. Mas sabe aquelas coisas que a gente faz pra que as outras pessoas se sintam bem? Aquelas que a gente faz por elas acharem que estão nos fazendo bem também? Pois é.
Sentada à mesa chegam os pedidos. Meu prato, que passei o dia inteiro com desejo de comer, e meu H2O. Chegam também mensagens. Sabe aquelas perguntas que a gente não deve fazer porque não quer saber de fato a resposta, mas também não aguenta não perguntar porque não saber pode ser ilusório demais? Então. As respostas chegaram, junto com o pedido que desejei o dia todo. O frio chegou, a garganta apertou e os olhos encheram. Meti a colher na boca, que queimou e doeu, mais ou menos como quando a resposta chegou (deveriamos prestar mais atenção às coisas que podem nos machucar). O olho continuava cheio, mas eu pude usar um "nossa, tá muito quente isso" como desculpa pra eles. Deu certo. Uma boa risada também sempre dá certo. As pessoas não se preocupam com quem tem sempre um sorriso no rosto e eu aprendi a usar isso a meu favor. Sempre funciona.
Voltei pra casa e me distrai lendo e vendo outras coisas, recebendo alguns parabéns e me importando pouco com muitas coisas. No meio de conversas aleatórias leio coisa ou outra de "se fosse hoje teria outra atitude", "não canso de falar pra todos que confio que foi a maior cagada da minha vida", e blá blá blá. A minha vontade era dizer: "relaxa, não te vejo há anos". Mas né, não é educado. Algumas pessoas do passado a gente supera, e deseja toda a felicidade pra ela numa vida com outra pessoa, porque quer que ela realmente seja feliz com outra pessoa. A gente aprende a superar e nao querer de volta, apesar de gostar de manter perto como amizade. Acho bonito isso de amizade sincera com pessoas que fizeram parte, mesmo que por pouco tempo, do nosso passado. É bom ver que certas coisas foram superadas. Verdadeiramente.

Acho que o problema da vida são os planos que são feitos muito antecipadamente. (e meu olho encheu imediatamente, porque só me vem a pequenininha no pensamento).
O futuro, a Deus pertence. Ou ao destino. Ou universo. Seja lá que nome tenha, não pertence a nós. Não me meto mais com isso.

Meu dia se resumiu a parar o olhar e sentir o que não deveria mais estar sentindo. O que deveria estar na caixinha que tá sendo empurrada pro fundo da gaveta.
Estar por aqui, já não me faz bem. E não me faz feliz. Mais uma vez.

E como disse o meu amigo que sabe do que sinto, mas não sabe porque, por quem, nem por quanto tempo: "sério... coloca seu sorriso no rosto. e esquece o que te incomoda." 

Sorriso no rosto. Aquele que aprendi a usar a meu favor.

Enfim... Parabéns pra mim, que não tive um dia perfeito e fora do comum, mas que usei pra pensar e refletir sobre algumas coisas e tomar decisões que espero que sejam seguidas

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Alguma coisa deu errado em mim, eu não sei te explicar e eu não sei como arrumar e nem sei se tem ajuda pra isso. Mas meu corpo inteiro se revolta quando gosto de alguém. Me armo inteira pra correr pra bem longe e pra lutar com unhas gigantes quem tentar impedir.

[Tati Bernardi]

quinta-feira, 19 de julho de 2012

"Não demonstre o que está sentindo, Em. Seja indiferente. 
Seja.... blasée."

[Emma, sobre ver Dexter indo embora de fininho. Em Um Dia - pág. 367]

Jason Mraz - I Won't Give Up


...
*almoçando, concentrada lendo uma reportagem pelo cel, e do nada os olhos começaram a encher.. fui prestar atenção e era por causa do clipe que tava passando na tv, que sinceramente, eu nem tinha percebido que tava ali...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

terça-feira, 3 de julho de 2012

- Posso dizer uma coisa antes de voltarmos à festa?
- Vai Firme.
- Eu estou um pouco bêbada.
- Eu também. Vai nessa.
- Eu... senti sua falta, sabe?
- Eu também senti sua.
- ... Eram tantas as coisas que eu queria conversar, e você não estava por perto...
- Eu também. 

[Um Dia / pág. 283]
Todo mundo precisa passar por uma fase assim, não é? Enlouquecer um pouco.

[Dexter, em Um Dia / pág.274]
"As vezes você percebe quando os seus grandes momentos estão acontecendo, às vezes eles surgem do passado. Talvez seja a mesma coisa com as pessoas."

[Parte três. Trinta e poucos anos / Um Dia - pág. 209]